quarta-feira, abril 25, 2007

O Romance do Coroné.

Sem muitas cerimônias começarei a falar de um dos meus amores de quando era jovem.
Começando pelos introdutórios...

Ah! Como era linda aquela moça, família nobre, porém,
A mesma não era tão nobre assim.

Toda formosa, olhar meio que libidinoso, lábios ardentes
Feito fogueira de São João,
Quando começava o forró a moça se transformava
E deixava qualquer homem doido.
Foi quando cai nas graças do balanceio dos seus avantajados quadris,
Naquele bate coxa do forró eu fui ficando cego pelo seu sorriso...

Fomos para a casa da libidinosa, começamos a desfrutar da luxúria da ocasião,
Foi quando por um descuido da moça de deixar a porta abertinha
Que o "Coroné" Batista nos viu, como viemos ao mundo,
Pulando as partes dos palavreados de baixo calão dos entretantos da história,
E indo para os concluídos...

Candinha aquela moça formosa, hoje casada com um banqueiro bem corno, quero dizer
Um banqueiro negativamente e ironicamente conhecido na cidade, intende?

Meu nome é Célio Cunha da Silva Peixoto
Nomeado Coroné por valentesa;
Dono de muitas terras por direito de herança;
E mulherengo por natureza de família.

(Heterônimo: Venâncio Barreira)