quarta-feira, dezembro 28, 2011

Hámar.

Fui lá levar;


Só pra ver;

Meus dreads no mar;

Pra Iemanjá benzer.

E Jah me revela;

Na natureza;

Tudo que leva;

Sua beleza.


Fui lá curtir;

As ondas do mar;

O sol subir;

E na areia deitar.

E se quiser me ver;

Você é capaz;
Desligue a TV;
E vá ver o mar, rapaz!

(Diego G. Ferrão)

quarta-feira, julho 21, 2010

Secretária Eletrônica.


Deixo recados e você não lê;
Mando sinais e você não vê;
Te chamo a noite e você não vem;
Tudo que eu desejo é o que você tem.

Peço pro meu povo te proteger, mas, não tenho notícias;
Peço pra que você cuide de mim, mas, não ganho carícias;
Guardo coisas numa caixa só pra lembrar de nós dois;
Comento da caixa velha e você deixa pra depois.

Saio a sua procura, mas, em outros braços que me encaixo;
Vou aonde você vai, mas, dificilmente eu te acho;
Hoje já não procuro mais, de você eu já me esqueço;
Estou indo agora, espero que escute o recado, entenda que por outra pessoa eu criei um apreço.


(Diego G. Ferrão)

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Já vou!


Aquela música?
Nem escuto mais;
Aquela foto?
A muito não vejo;
Aquelas roupas?
Quardei;
Aquela frase?
Não sei mais dizer;
Daquele momento?
Poucas vezes me lembro.

Aqueles poemas?
Não os escrevo mais;
Aquela flor?
Não cultivo mais;
Naquela casa?
Não moro mais.

E hoje, o que vou fazer?
Vou escutar outras músicas;
Vou tirar outras fotos;
Vou usar outras roupas;
Vou dizer outras frases;
Vou criar novos momentos;
Vou escrever novos poemas;
Vou cultivar uma nova flor em um novo jardim;
Vou morar em outra casa.

(Diego G. Ferrão)

segunda-feira, setembro 21, 2009

Flor.


Menina bonita;
Olhos castanhos;
Sorriso marcante;
Cabelo meio liso, meio enrolado;
Um tanto do Pai, mais da Mãe.

Nome caracterizando sua beleza;
Dado pelo Padrinho;
Ri para qualquer pessoa como se elas fossem seus Pais;
Abraça os Pais como se eles fossem ela mesma.

Linda como a Mãe;
Teimosa como o Pai;
Arteira;
Levada;
Calma;
Carinhosa.

Me perguntaram certa vez:
- Quantos anos ela tem?
- Nenhum. respondi.
- Mas, como assim?
- É assim que a imagino.
- Mas, quem é essa menina?
- Flor! Filha que ainda não tive!

(Diego G. Ferrão)

terça-feira, março 24, 2009

Diálogo.


Em um desabafo de tristeza com meu irmão Wagner se fez esse belo e curto diálogo.
Divirta-se!

Wagner: É festa, irmaozão.
Diego: Hã?
Wagner: Festa cara..Vamos festejar a tristeza,que ai a alegria entra na festa e passa a ignorar a tristeza.
Diego: Ótima teoria, irmão. Sério!
Wagner: Fiz agora..
Diego: Muito boa mesmo, pena que estou realmente sem ânimo pra festejar.
Wagner: Ai a tristeza ta festejando a propria vitoria..Pensa nisso.
Diego: Dessa vez ela ganhou de mim. Talvez daqui a pouco eu me alegre, mas agora...difícil.
Wagner: Um palhaço que se preze nunca ta triste, e mesmo estando ele larga a tristeza e se casa com a alegria.
Diego: Um palhaço que se preze nunca demonstra sua tristeza, ele pode estar triste...mas o sorriso vai estar sempre pintado em seu rosto. Já dizia o poeta: "E os olhos mentem dia e noite a dor da gente."
Wagner: Olhos, porta para o infinito..Janela da alma ..
Diego: Olhos, desvio da realidade para os olhos de quem olha. Os olhos ao mesmo tempo que mente a tristeza, eles demonstram quase sem perceber sua alegria.
Wagner: Assim eu paro de brincar.


Diego G. Ferrão e Wagner Fernando.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Matando a Velha.


Flor: Mãe, tô ficando com um menino ai...
Mãe: É, filha? Legal... ele é daqui do bairro?
Flor: Não, mãe...
Mãe: Do colégio?
Flor: Não, mãe...
Mãe: Do centro?
Flor: Não... da Baixada!
Mãe: O que? (com cara de espanto)

(entra a irmã)

Larissa: Que qui tem, mãe?
Mãe: Da baixada? Logo de lá?
Flor: Aaaaah! Mãe, nada a ver...
Mãe: Claro que tem, é isso que você quer pra você, Flor?
Larissa: Que qui tem a Flor ficar com um menino da Baixada, mãe? ...nada a ver!
Mãe: E você defende, Larissa? Ora essa!
Larissa: O que dirá você quando eu casar com a...
Mãe: A? Você disse "A"?
Larissa: É... a...
Flor e Larissa: Mãe? ...Mãe!

(Diego G. Ferrão & Paula Benevides)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Nós, Vós e...Elas?

Dois rapazes entram na boate, um deles vê uma linda menina no bar.
As mãos e corpo gelam, os olhos não querem saber de outro foco, a boca seca, palavra? não sai, engasgou! Tímido? digamos que, um pouco...Nervoso? sim, muito.
Ele pensa:
-Porra! ela me viu;
Desvia o olhar e desfarça.

Anda até o balcão, pede ao garçom uma dose. Ela pede o mesmo e torna a olha-lo, ele pensa:
-Que jeito doce de pedir uma bebida; que delicadesa ao pegar o copo; e que...caraca, ela sorriu pr'a mim! será que fiquei vermelho?Tomara que não!
Ele abre um sorriso amarelo meio que sem jeito e solta uma piscada. Lá vai ela pr'a pista dançar, ele comenta com o garçom:
-Meu deus! Olha isso, cara, que corpo! que boca! que cabelo lindo!
Lá vem ela...sentou ao lado do rapaz. Ele levanta e pensa:
-E agora, cara? Vou puxar assunto!
E realmente puxa o assunto e oferece uma bebida, Ela aceitou, claro.

O papo é bom e a bebida ajuda, mas, ela não ta sozinha, ta com uma amiga.
Falando nisso...lá vem a amiga (linda, por sina!). Ele olha a amiga e pensa:
-Vou pedir um beijo.....agora, antes que a amiga atrapalhe!
A amiga chega, a menina faz as devidas apresentações e:
-Vou buscar meu amigo, tenho que leva-lo. tchau! (diz o rapaz)
Sai da boate emputecido da vida resmungando:
-Gastei saliva pra caramba...paguei bebiba, e bebida cara...pra chegar e falar isso pra mim? fala sério!

Na boate as meninas comentam:
-Ai amiga, que cara chato, fala pra caramba...pagou bebiba, e bebida ruim hein!
-Eu saí da pista, tinha um cara chato lá também. Ih! é aquele que ta saindo com o seu chatinho.
-Poxa, se eu não falo que você é minha namorada e dou um toco nele, ele ia pedir um beijo, já pensou?

No carro os homens aumentam:
-Cara, viu aquela loira na pista dançando comigo?
-Vi, e ai?
-Dei maior toco nela, tinha que ver. Mulher chata, me pertubando.
-Rapaz! e a moreninha no bar comigo, viu?
-Vi sim, gata, pegou?
-tch! Dei um toco também!
-Sério?
-Mulher chata, fala pra caramba..ainda bancou uma bebida pra mim. Bebi e e falei que não dava. euhein! fala sério!

(Diego G. Ferrão)

terça-feira, dezembro 09, 2008

A moça (ou lembranças de um velho amante)


Desde que olhei naqueles olhos não tive mais sossego;
Ah! aquela moça me levara as mais belas aventuras;
Aventuras essas em lugares que sempre almejei tê-las.

Mesmo depois de tempos, ainda sinto seu corpo ao meu;
Aquele cheiro doce de seus cabelos;
Aqueles seios quentes que me convidavam a prova-los;
Aquelas mãos mornas em meu rosto;
Suas tão belas curvas onde minhas mãos teimavam em passear.

Sua suave voz que vinha em meus ouvidos pedir um beijo...
Como era impossível negar tal pedido, me colocava no dever de provar tal gosto de seus lábios;
E que lábios, meu amigo, que lábios.

Minha língua não me obedecia mais, era a moça quem mandava nela;
Era fascinante sentir sua respiração acelerar com minhas carícias em suas mais delicadas partes;
Eu teimava em desvendar tais sentidos na moça.

Ah! ainda sinto o gosto daquela boca;
Ainda lembro como era presenciar o mais belo gozo;
E lembro, tão bem, como era bom dormir envolto daqueles braços vis;
E tomado por aqueles lábios.

(Diego G. Ferrão)